quinta-feira, 3 de julho de 2008
Hoje sei que até o telefone toca de uma maneira peculiar quando é você quem me procura. Não é mais estridente, ou mais grave, é apenas diferente. Os toques demoram a acabar, a ligação termina com um breve diálogo. Sem delongas, sem carinho, sem intenções - sejam elas boas ou ruins.
Quando lembro que existem intenções, já é tarde. Quando não são minhas fichas que acabam, é a rede que dá conta de nos distanciar. Esta distância é vaga, como uma queda livre do topo do Everest, ou como cada uma das linhas de meu diário. Não é boa, não é ruim, apenas vaga, vaga e conveniente. Meu ego e meu coração não vêem a hora que cessem os gastos com chamadas de longa distância que não os levam a lugar algum. Meu mundo está ocupado, favor ligar mais tarde.
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4 comentários:
Não, não, não, não. Não, não liga pra ele, pra ele... não chore por ele.
é o casaco dos vagabundos.
ah, essas coisas...
mas é necessário que ligue, certo? mesmo que super mais tarde e peça 5 minutos no estilo all ears do the whitest boy alive. a ligação pode não ecoar, mas se faltar vai ser um motivo para se sentir incomodado. ainda mais incomodado.
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