segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vida


Vivo na penumbra desta imensa competição. A vida me dá antolhos e não há como enxergar ou defender-me de tudo aquilo que me atinge antes mesmo que eu perceba sua aproximação.

Se vivo pela esperança de agradar a alguém, é porque caminhar só já não me faz bem.

E vivo, mesmo que finado, vivo. Inacabado, com fim já decretado, vivo.
Vivo a assitir, sou apenas mais um telespectador de um mundo bárbaro e caótico. Preciso de espaço, não há espaço. Preciso agir, não há ação.
Apático, vivo a inanição social imposta por minhas condições, ou pela falta delas, ou por algo que o valha, não que valha a pena.
E é tudo uma imensa competição, caminho sobre brasas, e o pesar já não mais me incomoda. Caminho sobre corpos, e a vaidade me dá prazer.
Em meu ''admirável mundo novo'', padecer não exila culpa, pois a culpa nunca é exilada.
Em meu admirável mundo novo, eu nada admiro, nem o mundo, nem o novo.
Meu admirável mundo novo é um ringue, mas o que fazer já que não quero lutar?


Se vivo pela esperança de agradar a alguém, é porque caminhar só já não me faz bem.

Um comentário:

André Ramiro disse...

Se vivo pela esperança de agradar a alguém, é porque caminhar só já não me faz bem.

Carácoles, essa pegou bem. ehhe
Abs véio,
vamos tomar um suco ae.